Rubem Alves
Não sei, as vezes me sinto impotente e lunático por insistir com as pessoas sobre a problemática em que vivemos e até então compreendidos por muitos mas não combatidos por estes.
Sinto raiva e desprezo pelo mundo de hoje. Não sei ser individualista e egocêntrico, mas infelizmente este é o mundo em que vivemos. As vezes eu preferiria não existir do que olhar para os excluídos e não ter forças suficiente para ajudá-los. Não sei escutar a frase "Cada um com os seus problemas". É uma frase animal e satânica pra mim. Talvez a lei do cão.
Tenho tido últimamente muito contato com a literatura da Teologia da Libertação, ou seja, a visão do cristianismo a favor dos excluídos e me faz a cada dia mais, acreditar em um Jesus Cristo que não é ensinado por completo nas igrejas e não me faz frequentar religiões e templos.
Fazem-se 7 anos que decidi abandonar o hábito e inclusão de frequentar determinada religião por eu ver que o Deus e Jesus Cristo que estão ensinando aos membros de hoje é o do medo, barganha, consumismo, individualismo, poder e interesses.
O Jesus Cristo que eu acredito é aquele que andava no meio dos pobres, doentes, prostitutas pregando o amor e que pelos gestos de cura ou parábola os conduzia a liberdade e igualdade.
As vezes fico pensando o por que de eu gastar parte do meu tempo lendo, pensando e criando meios de ajudar a transformar a sociedade.
Abdico de tempo para sair, talvez namorar para ler e pesquisar sobre estas questões. E depois tento ir contaminando as pessoas no sentido de reunir as pessoas na Marcha pela Transformação.
A maioria das minhas tentativas são falidas começando pela minha casa.
E assim me resta o vazio e solidão para eu colocar pra fora meus sentimentos dos mais instintos selvagens de indignação e desprezo.
Sinto repugnância pela duplicidade humana terrena. As pessoas vivem por dentro de máscaras de dogmas, moralismo e mentiras onde se sujeitam as mais variadas situações para viverem sobre a artificidade da vida.
Vendem suas almas em troca de mercadorias.
Não me importo pelas zombarias e títulos de louco. Talvez eu seja mesmo.
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