John Lennon
Acabo de assistir o Programa "Em Questão" comandado pela apresentadora Maria Lydia, cujo entrevistado desta noite foi o Senador pelo PMDB Pedro Simom (RS).
Questionado sobre a atual crise no senado e as perspectivas futuras da moralidade política, ele terminou a entrevista com a seguinte chamada:
"Povo brasileiro, Jovens, Trabalhadores e Intelectuais, não esperem nada do Congresso, eles não irão resolver. Só haverá mudanças se vocês sairem a ruas ou virem aqui na porta do congresso e cobrarem a moralidade política.
Cade os caras pintadas ? Cade a Une ? Cade aquela geração que um dia lutou pela democracia e por um novo país ? Só vocês serão capazes de mudar a situação ."
Após esta chamada a então apresentadora o faz pensar. Se a sociedade civil há mais de 15 anos assisti a imoralidade e a impunidade e não reage, como o senhor espera que agora se faça valer os direitos de cidadão ?
Automaticamente minha mente voltou a 1960 a 1980. Uma geração de ideais, participativa e de pensamento construtivo. O que houve com a história ?
Lutamos por um mundo sem guerra e com mais amor. Lutamos pela esperança. Lutamos pelos nossos filhos e gerações. E hoje assistimos o sangue e o suor daqueles que lutaram pela democracia e pelo Brasil, sendo destruídos e apagados pela corrupção, imoralidade e impunidade pelos mesmos que um dia também estiveram lutando.
Esta geração senador, envelheceu e está embalsamada no museu de nossas memórias.
O dinheiro e o poder corrompeu a mente, a moral e o ideal desses guerreiros senador.
O que o intelectual, sociólogo e ex-presidente Fernando H. Cardoso escreveu em seus livros, ele fez ao contrário com o poder nas mãos. O que o retirante nordestino, metalúrgico e trabalhador falou sobre moralidade, ele esqueceu com o poder nas mãos.
Estamos conformados com a situação. O Capitalismo e o individualismo do ser humano está conduzindo a atual sociedade e juventude a se conformarem com o cenário destrutivo.
Nossos jovens dormem. Nossos pais reclamam e o nosso Brasil apodrece.
Aonde vamos chegar ?
Fico a pensar que o avanço que o capitalismo propôs ao mundo, reduziu o homem ao direito de viver sem vida aqui na Terra.
Homens se adaptam e não se expressam. Vendem seus direitos. Apagam seus sonhos.
E assim, vivem em um submundo infeliz e consumista.
Ainda com todo avanço, admitimos e vivemos o "belo" dos tempos passados, porque são o que precisamos ver, ouvir e viver. As melhores músicas, poemas, ideais, livros, líderes e assim sucessivamente ainda são da geração passada.
Hoje o mundo se tornou medíocre. E a mediocridade assola nosso país.
Os jovens pensam como assalariados e não como desenvolvedores econômicos. Os jovens pensam no que os outros vão pensar, e não no que eles podem oferecer. Os jovens pensam no pronome singular e não plural, afinal, cada um com os seus problemas.
Enfim, com tudo isso, eu aindo tenho esperança. Acredito que se ainda uma pessoa fizer a diferença a esperança estará viva para acreditarmos. E até o dia da minha morte, eu vou tentar de alguma forma, fazer a diferença, porque homens pra mim não são feito de títulos e sim de coragem.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirSou amigo pessoal dessa grande pessoa...
ResponderExcluirConcordo plenamento com suas palavras... Acho que conseguimos definir a sociedade atual com uma só palavra "INDIVUDUAL" pessoas individuais, problemas individuais, dificuldades individuais...
Abs.,
Gustavo
Gustavinho...Obrigado pela "grande pessoa".
ResponderExcluirRealmente o individualismo está contaminando a sociedade e sem perceber, nos tornamos seres coagidos pela própria existência.
Mas temos que fazer a diferença. A palavra esperança significa "acreditar", e eu acredito que ainda podemos mudar o mundo.
Abs.
Maurílio